19 de set. de 2008

aquele das galochas

e tem coisas nessa vida que a gente aprende cedo...
poizentão... e na minha infância, GALOCHAS não era algo cool, muuito pelo contrário, era algo extremamente rural, usados somente por pessoas rurais.

entedam que nessa época não existiam galochas assim:



existiam somente galochas assim:




*se não tem tú, vai tú mesmo*


mas tinha um outro grupo de pessoas que usavam galochas: filhos de mães que achavam que seus rebentos eram extremamente sem noção, que tinham síndrome de tarzam e que iam desaparecer no mato (!!!) por dias, e que seriam tão desantentos e que á qualquer momento poderiam ser mordidos por uma cobra, jacaré, escorpião, aranha, enfim...

adivinha se eu ganhei ou não uma galocha??

mas para a felicidade geral da nação, meus dois primos também ganharam galochas. uma coisa é você andar sozinho de galochas, outra coisa é acompanhado, e era como se em 1982 estivéssemos lançando tendências, éramos como a confraria das galochas, se é que isso existe.
mas, eis que na hora de eu calçar as galochas: *humpt*. tenta de novo: *humpt*. again: *humpt*
quem disse que as galochas iam além do meu calcanhar? eu, dona de uma-perna-gorda-de-elefante-babar desde cedo??
minha mãe, mulher prática ao extremo não pensou duas vezes: ela simplesmente pega uma tesoura e *zipt*. outro pé da galocha e *zipt*


fim da história (ou - o que era ruim ficou pior): a minha galocha que era assim:


ficou assim:


*brigaduuu mãe,*

Um comentário:

Roberto disse...

rs

por falta de uma, eu tinha duas galochas. Uma era amarela e a outra vermelha. Como eu sabia que vermelho era coisa de menininha, só usava a amarela. até que um dia minha mãe me obrigou a usar a vermelha, onde é que já se viu, só usar a amarela se também tinha a vermelha... Não me lembro de mais nada desse dia. Isso sim é que mecanismo de defesa. Dá-lhe Freud.