28 de set. de 2008

aquela da verruga:

verruga: ver.ru.gasf (lat verruca) 1 Pequena excrescência cutânea de aspecto e consistência calosa. 2 Ruga. 3 Bot Pequena protuberância rugosa. V.-do-peru: segundo estádio da bartonelose, caracterizado por nódulos verrucosos, tendentes a ulcerar e sangrar.
verrugas podem nascer em qualquer lugar do corpo humano, claro. mas o ideal seria que elas fossem discretas, pequenas, de preferência em lugares não muito visíveis. afinal, só a sabrina sato fica linda de verruga na testa. em outros casos - em casos de pessoas normais - você olha aquilo e faz automaticamente uma cara de asco, revira os olhos e torce o nariz - tudo ao mesmo tempo. ou seja, verrugas quando são grandes e nascem em lugares visíveis elas são nojentas e ingratas. não consigo imaginar outro adjetivo para uma verruga imensa que nasce na ponta do nariz quando se tem 6/7 anos. ah sim, estou falando de mim mesmo, da minha pessoa. ou quem mais você acha que poderia ter uma verruga na ponta do nariz?
não sei quanto tempo durou essa verruga em mim. um mês? dois meses? só sei que ela ficou o tempo necessário para eu ser conhecida como a "gordinha da verruga" no colégio. apelido sublime não?
e passa remédio daqui, passa remédio dali, dermatologistas e nada tirava aquela coisa que ficava cada dia maior no meu nariz. eis que esse problema foi resolvido com uma bola. sim, aquela mesma bola que eu achava que era um dobberman.


comassim, bial?


ué, tava jogando vôlei com meus primos, a bola-cão veio na minha direção e PÉIN no meu nariz, levando embora tudo o que era uma verruga escrota, nojenta e que fazia eu ser motivo de chacota. simples, rápido, básico, indolor.

recapitulando:


+


=


*tô feliz sem verruga agora, mãe*

27 de set. de 2008

aquela da profissão:

nunca quis ser professora,
nunca quis ser astronauta,
nunca quis ser cientista,
nunca quis ser paquita, (mentira, quis sim.)
passei a minha infância (vida) toda querendo ser DENTISTA.

e a culpa toda é desse brinquedo aqui:



e esse desejo aumentou mais ainda quando fui ao dentista pela primeira vez. minha mãe, muito sutil como sempre, foi me preparando o caminho todo para o calvário que me esperava. frases como: "não adianta chorar e nem fazer escândalo", "vai doer, mas você vai ter que ir durante toda a sua vida em um dentista", "você vai sentar na cadeira do dentista e ficar quieta" eram repetidas ao longo dos quarteirões que separavam a minha casa do consultório. você, leitor, há de concordar comigo que essas frases não ajudavam e nem tranquilizavam a criança apavorada que era. eu tinha a certeza absoluta que eu ia no mínimo morrer. mas enfim... cheguei ao consultório, sentei na cadeira e não emiti nenhum som, nenhum ruído, não mexi nenhum músculo, não respirei e meu coração parou de bater. "quanto mais cedo terminasse a minha eutanásia, melhor prá mim", pensei. terminada a consulta (que nem tinha doído tanto assim), ainda ouço um elogio do dentista, algo do tipo: "criança boazinha". mas me encantou aqueles aparelhos, aqueles motorzinhos, aquele cheiro. e é lógico, todo o poder que um dentista tem de deixar uma criança quieta.

passa o tempo, não fiz odonto, fiz outra faculdade e toda vez que eu ouço ed motta eu parafraseio: "se eu fosse dentista a minha vida não seria assim..."

26 de set. de 2008

aquele do improviso:

pior do que não ter amigos na rua onde mora é não ter cachorros. e eu não tinha nem um e nem outro. pro fato de não ter amigos na rua eu nem fazia muita questão, pois tinha a escola que tomava metade do meu dia. e desde cedo eu sabia fazer uma cara "blasé" (que faço até hoje, aliás) e passava reto diante dos meus vizinhos-crianças. mas com relação á não ter cachorros, era bem mais complicado.


eu sempre gostei de cachorros. muito. minha leitura predileta era a revista cães e companhia, veja só que criança mais irritante que eu era. e eu não gostava de qualquer cachorro. eu gostava dos grandões, bravos. numa época em que nem existia essa fase de pit bull mania, estava eu lá, já querendo um pastor alemão, um mastim napolitano, um fila brasileiro, um dobberman. enfim, cães meigos, sutis, delicados que podem até dormir na cama.


e é claro que a resposta era sempre NÃO quando eu tocava no assunto de ter um cão desse tipo.


e prá não traumatizar o fato de nunca ter tido um cão-feroz, e já sabendo que nunca iria ter, tive que partir prá improvisação.

o ditado diz: "quem não tem cão caça com gato", certo?


errado, porque eu nunca quis um gato.


no meu caso, o ditado dizia: "quem não tem cão caça com bola".




com bola??????? comassim bial??????




isso mesmo... com bola. como eu tinha muitas bolas, peguei a maior delas, desenhei uma cara de cachorro (feroz, claro) e á partir de então eu era a mais feliz dona de um cachorro. um cachorro meio bizarro, admito. mas um cachorro que não cagava, não latia, não dava despesas com ração e apesar da cara, não tinha instintos de assassinar seus donos.

*GRRRRRRRRR*

tsc, tsc, e ainda meus pais achavam normal isso...

24 de set. de 2008

aquele do dia do palhaço:

_________________________________________________

"Senhores Pais ou Responsáveis:
Amanhã é o Dia do Palhaço. Portanto, mande seu (sua) filho (a) caracterizado como tal.
Professora Mirian."
_________________________________________________
entrego esse bilhete mimiografado para minha mãe, que faz uma cara de *FODEOOOOOOO, COMO VOU ARRUMAR UMA ROUPA DE PALHAÇO DA NOITE PRO DIA?*
entendam que estamos em 1982, onde tudo era um pouco mais complicado. inclusive encontrar roupas de palhaço.
e procura daqui (mas não muito), procura dali, (mas não muito também), um telefonema para uma tia, um telefonema para a outra tia e eis que a única coisa que minha mãe consegue de algo que possa lembrar um palhaço foi:



*o nariz do palhaço*


bom, dramas à parte por não estar com a fantasia completa, até tinha me conformado com a hipótese de ser uma palhaça estilizada. ia ser cool e alternativo, pensava eu. (não com essas palavras, mas enfim).

no outro dia acordo, ponho o nariz de palhaço e antes de ir prá escola toda saltitante e feliz minha mãe começa a achar aquele nariz meio incômodo, meio sufocante, se é que vocês me entendem.

(mãe)

- você tá conseguindo respirar com esse nariz, filha?


(eu)


- claro que dão, bas eu resbiro bela boca.


(mãe)


- nada disso, boca não foi feita prá respirar, tem que respirar pelo nariz. me dá isso daqui.


e antes que eu tenha qualquer tipo de reação, ela tira o meu nariz, e "crec". de novo "crec". e mais uns "crecs" depois o meu nariz de palhaço está assim:


*nariz de palhaço power flash mega com sistema ultra-moderno de ventilação, compre pelo telefone 1406 e você ganhará um par de facas ginsu*

(eu)

- o que você fez com meu nariz de palhaçoooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo? *chorando*

(mãe)

- você ia morrer sufocada, tem que ter ventilação.

(eu)

- como morrer sufocada? eu respiro pela boca, veja *arf, arf, arf*

como não tinha outro nariz de palhaço, a história termina eu indo pro colégio com o nariz de palhaço podre e furado. se fosse hoje, eu diria prá todo mundo que meu palhaço era metaleiro, e que os piercings tinham ficado em casa.

virando a esquina do colégio, como se já não bastasse toda a desgraça de estar com um nariz podre na cara, vejo uma amiga minha vestida de colombina. gente, entendam que ela não era um simples palhaço!!! ela era uma colombina!!! na hora a minha vontade era de voltar prá casa no melhor estilo hulk-depois-da-briga, inclusive com aquela musiquinha de fundo.

(amiga)

- oi fabiana, tudo bem?

(eu)

- humpf, *escondendo o nariz com a mão*

me livro dessa amiga, entro no colégio e vejo a minha outra amiga vestida de BOZO!!!! na hora eu murmurei: "meu mundo caiu..." (entendam que o bozo em 1982 era um herói).

minhas melhores amigas com as melhores fantasias, e eu com esse nariz podre na cara??? isso não ia ficar assim. criança psicótica que era começei a arquitetar um plano. (sim, eu era ruim desde pequena). se eu não estava vestida de palhaço, muito menos de colombina ou de bozo ninguém mais poderia estar.

o fim da história foi mais ou menos assim:

(eu)

- daniele, sua boba, chata!!

(daniele)

- anh???? tipo, *tá doida?*

(eu)

- ahn o quê, você sabe muito bem o que eu estou falando e rrrrrrrrrrrrrrrrrrssssssswooish. (primeiro rasgo), rrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrswooish, segundo rasgo.

minutos depois:

(eu)

- julia, sua boba, chata!!

(julia)

- anh???? tipo, *tá doida?*

(eu)

- anh o quê, você sabe muito bem do que estou falando e rrrrrrrrrrrrrrrrsssssssssssswooish (primeiro rasgo), rrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrsssssssssssssswooish (segundo rasgo)

minha dignidade foi sendo recuperada em cada rasgo que eu fazia naquelas fantasias. e hoje eu me pergunto: "o que um nariz podre na cara não faz não é mesmo minha gente?"

23 de set. de 2008

aquele do pai exagerado.

eu tive um pai exagerado. exagerado ao extremo. nem vou me explicar muito, vou ilustrar três situações clássicas:


situação 1- "paiiii, quero uma piscina!!!"
e meu pai aparece com uma piscina dessa em casa:


*piscina de 8 mil litros, cinco dias prá encher e facilmente eu morreria afogada em uma dessas.*





sendo que eu tinha apenas 6/7 anos e ficaria muito feliz com uma dessa:


*piscina regan 500 litros. enche em duas horas e crianças de 6/7 anos não morrem afogadas.*


situação 2 - "paiiiiiiiiiiii, quero uma bicicleta!!!


e meu pai me aparece com uma bicicleta dessas em casa:


*caloi ceci ARO 26, sendo que ainda eu continuava tendo 6/7 anos. e detalhe: nem today eu consigo subir em uma aro 26. (consigo sim vai, deixa eu fazer um pouco de drama)


sendo que prá minha idade já citada anteriormente e prá minha altura, eu ficaria feliz com uma dessas:



*bicicleta aro 12. sobre a qual certamente eu iria poder andar.*


situação 3 - "paiiiiiiiiiiii, quero um quebra-cabeça!!!"


e meu pai me aparece com um quebra-cabeça desses em casa:


*quebra cabeça grow cinco mil peças todas nesse tom pastel meio parecido*

sendo que meu nível intelectual de sete anos de idade estava mais para um desses aqui:




*quebra-cabeça de metades 20 peças.*


todos esses brinquedos faziam eu me sentir mais burra (afinal, quem monta um cinco mil peças aos 5 anos?), faziam eu me sentir menor (afinal, quem sobe numa aro 26 aos 6 anos?). mas tente explicar isso prá uma criança, que está com o brinquedo ali e quer usá-lo. durante muito tempo me questionava à respeito de tudo isso. ou seja, o que faz um pai dar brinquedos de adultos à uma criança? ele sempre dizia que era "prá durar mais tempo", ou seja, a bicicleta que eu ganhei com 5 anos, pelo fato de ser aro 26, quando eu chegasse aos 32 anos ela ainda iria me servir, sabe como é né? hoje com tudo o que eu vivi, com perdas e ganhos durante esses 31 anos de vida percebo que esses brinquedos "grandões" que meu pai me dava, simplesmente traduziam o amor "grandão" que ele sentia por mim.


ps: nem a bicicleta, nem o quebra-cabeça e nem a piscina ainda existem, apesar da intenção do meu pai que eles durassem para sempre. :-)

22 de set. de 2008

aquele do roubo

bem diz o ditado que "vergonha é roubar e não poder carregar."
pior que isso, "vergonha é roubar e não poder carregar porque sua mãe viu você roubando e te delatou pro dono do mercadinho do bairro."

acho válido e digno ensinar pros filhos que não se deve roubar. mas existe hora, local, dia, mês, fase da lua, enfim...
não façam como a minha mãe, que me delatou justo pro dono do mercadinho do bairro que eu tinha me apropriado indevidamente de alguns produtos do seu estabelecimento e que o mesmo se encontrava armazenado de forma estratégica na parte interna da minha camiseta. isso na hora exata do roubo, tipo flagrante total.
vergonha quádrupla:

1 - ser pega no flagra,
2 - ser pega no flagra pela minha mãe,
3 - ser pega no flagra pela minha mãe e a mesma me delatar pro dono do mercado que eu estava roubando,
4 - ser pega no flagra pela minha mãe e a mesma me delatar pro dono do mercado que eu estava roubando KI SUCOS.

*reconstituição*
(dono do mercado)
- sua conta deu $ 14,50. mais alguma coisa, senhora?
(minha mãe)
- sim, o senhor cobra também esses pacotinhos de ki sucos que minha filha roubou e que está debaixo da sua camiseta.
(dono do mercado)
- roubando KI SUCOS menina??????
(entenda que essa frase foi dita de modo devagar, no mesmo momento em que ele chacoalhava a cabeça, querendo dizer "tsc, tsc, tsc")

a cena final é dramática, eu tirando os ki sucos debaixo da minha camiseta, um por um e colocando em cima do caixa do mercado. chegando em casa, nem coragem tive prá tomar aqueles ki sucos. cada vez que eu olhava prá eles, (ou que eles me olhavam) eu me sentia um são sebastião com o corpo coberto de flechas.

então fica a dica: mãe, se o seu filho estiver roubando, deixe ele roubar. seja cega na hora, mas por favor, não faça ele passar carão. depois em casa você enche ele de porrada, dá uma surra de gilette, põe ele prá tomar banho na soda, enfim... façavor de colaborar com o psiquismo do seu rebento.

21 de set. de 2008

aquele do nome

não sei por qual motivo, razão ou circunstância eu não gostava do meu nome quando criança.
hoje não, eu já aprendi á gostar dele, e confesso que acho até mesmo meu nome sonoro e bonito.
mas os fins justificam os meios. e o processo pelo qual passei para aprender a gostar do meu nome não foi nada básico, rápido, limpo, digno e indolor. muito pelo contrário. foi traumático. aliás, como tudo na minha infância.
querendo ou não, todo mundo quando vai nascer tem uma lista imensa de prováveis nomes, e os pais em uma decisão em conjunto (ou não) escolhem aquele que julgam mais bonito, que mais combina com a carinha, com o jeitinho e com o sexinho do bebê.
eis que eu, naquela angústia infantil de não aceitar meu nome de jeito nenhum questiono meus pais à respeito dos outros prováveis nomes que eu poderia ter.

(eu)
- vocês tinham um outro nome prá mim?
(pai & mãe)
- sim, claro.
(eu)
- qual, pelamor de deus, eu preciso saber!!!
(pai & mãe)
- juliana.
(eu - pensando)
... bom, juliana é quase fabiana, eu ia odiar de qualquer jeito...
(eu)
- e tinha outro nome?
(pai & mãe)
- sim
(eu)
- qual, qual, qual?
(pai & mãe em uníssono)
-LEOCÁDIA.

bom, nem é preciso dizer que à partir desse sublime momento eu passei a gostar mais do meu nome do que mamadeira de quick de morango (na época né!!).

certamente isso não é um nome de gente, isso é nome de doença cardíaca, veja como cabe:
(médico)
- você tem que tomar esse remédio, porque você está com leocádia no ventrículo esquerdo.
(paciente)
- isso é grave, doutor??

o tempo passa e eu fico me questionando:
se a gisele bundchen se chamasse leocádia ia ser cool,
se a isabelli fontana se chamasse leocádia ia ser cool,
se a fernanda young se chamasse leocádia ia ser cool,
e se eu, euzinha brizola me chamasse leocádia??
*drama*

20 de set. de 2008

aquele do conselho amoroso

sobre conselhos sutis, preconceitos & estigmas: (ou - como ser tratada como uma adulta aos cinco anos de idade).

(eu, aos 5 anos de idade):
- pai, estou namorando!!!!
(pai)
- *cara de indignação do tipo, "meodeox"*
(eu)
- ele se chama murakami.
(pai)
- anhnn, então o seu namorado é japonês??
(eu)
- sim.
(pai)
- e você está namorando com ele?
(eu)
- sim, e vou me CASAR com ele.
(pai)
- pense bem, se você se casar com um japonês vai passar a vida toda vendendo pastel na feira.

19 de set. de 2008

aquele das galochas

e tem coisas nessa vida que a gente aprende cedo...
poizentão... e na minha infância, GALOCHAS não era algo cool, muuito pelo contrário, era algo extremamente rural, usados somente por pessoas rurais.

entedam que nessa época não existiam galochas assim:



existiam somente galochas assim:




*se não tem tú, vai tú mesmo*


mas tinha um outro grupo de pessoas que usavam galochas: filhos de mães que achavam que seus rebentos eram extremamente sem noção, que tinham síndrome de tarzam e que iam desaparecer no mato (!!!) por dias, e que seriam tão desantentos e que á qualquer momento poderiam ser mordidos por uma cobra, jacaré, escorpião, aranha, enfim...

adivinha se eu ganhei ou não uma galocha??

mas para a felicidade geral da nação, meus dois primos também ganharam galochas. uma coisa é você andar sozinho de galochas, outra coisa é acompanhado, e era como se em 1982 estivéssemos lançando tendências, éramos como a confraria das galochas, se é que isso existe.
mas, eis que na hora de eu calçar as galochas: *humpt*. tenta de novo: *humpt*. again: *humpt*
quem disse que as galochas iam além do meu calcanhar? eu, dona de uma-perna-gorda-de-elefante-babar desde cedo??
minha mãe, mulher prática ao extremo não pensou duas vezes: ela simplesmente pega uma tesoura e *zipt*. outro pé da galocha e *zipt*


fim da história (ou - o que era ruim ficou pior): a minha galocha que era assim:


ficou assim:


*brigaduuu mãe,*

18 de set. de 2008

aquele do brinquedo preferido

meu mundo caiu, nada mais será a mesma coisa daqui prá frente...

fiquei sabendo que a estrela tá relançando o gênius, um brinquedo óteeeemo prá se brincar no escuro debaixo da cama. fui eu lá toda SERELEPE na loja de brinquedos já me imaginando como antigamente: de pijama, meia, debaixo da cama... primeira decepção: eu não CAIBRO mais debaixo da cama. bom, até aí wherever. num ligo. mas a segunda decepção foi a pior. veja só...
eu que esperava um gênius assim...


ADORO VOCÊ, MEU BRINQUEDO PREFERIDO!!!


me deparo com um gênius assim...

COMO ASSIM, BIAL???

*não tem graça brincar com um gênius desse, não mesmo...*


e esse post termina com minha indignação e com a minha cara de desespero...

17 de set. de 2008

aquele da canção

como psicotizar uma criança - I

(receita de minha mãe, que soube me psicotizar como ninguém.)
ser criança há 20/30 anos atrás era realmente uma coisa bizarra. não existiam essas coisas de "brinquedos politicamente corretos", e "desenhos politicamente corretos". e ainda por cima não existia essa tal de psicologia infantil. então, nós crianças brincávamos com réplicas de revólveres super fiéis aos modelos originais, dava prá assaltar um banco com eles, juro por deus. e assistíamos desenhos onde o enredo era mais ou menos assim: uma mulher morre, e de vez em quando essa mulher resolve aparecer em espírito (meda) pro filhinho que ela tinha deixado, enfim... sofrimento do começo ao fim de algo que tinha que ser uma diversão não é mesmo?

mas não há nada pior do que comparado às canções infantis da época. e minha mãe me cantava uma, que até hoje só de lembrar me arrepia. o enredo: um menino (o antoninho) é morto pelo diretor da escola. tem psiquismo que aguenta isso meu deus??
leia se você tiver coragem, leia e aposto que você não dorme por três noites.

"antoninho, vá pra aula é preciso aprender
mamãe eu não vou à aula porque sei que vou morrer
bom dia, senhor mestre aqui tens o meu quinhão
pra pagar o senhor mestre o valor de seu pavão
vá-se embora, amigo meu, para o amigo não é nada

mande antoninho pra aula é preciso estudar
antoninho vai pra aula, já falei com o professor

papai, eu não vou à aula, porque sei que vou morrer
antoninho foi para aula todo o caminho a chorar

chegou na porta da escola, chorando a suspirar
o mestre quando lhe viu na hora de entrar

Pagou-lhe por um braço, agora me vais pagar
já são onze horas meio-dia não tarda a ser

já vimos os meninos da aula e antoninho sem aparecer
ó meninos, que vindes da aula, não viste o meu antoninho?
está morto na sala de livros
com o coração aos pedacinhos
seu pai que ouviu isto tratou de se preparar

meteu revólver no bolso e o mestre-escola foi matar
senhor juiz de direito venho me entregar à prisão

matei o mestre-escola com três tiros no coração
mataste o mestre-escola mataste um bom ladrão

mata-me essa gente toda até a quinta geração"

10 de set. de 2008

aquele do começo

a questão é: como que se começa um blog??
pior: um blog onde pretendo recontar minha infância?
mais pior: um blog onde pretendo recontar minha infância, sendo eu a mais psicótica das crianças?

:-)