adivinha quem?? - pergunta valendo 100 ponto.
eu, claro.
é que enquanto elas se apaixonavam pelo óbvio, eu era apaixonada pelo david. **suspiros**, o chileninho, mesticinho, o diferentinho guti-guti caramujinho mais lindo da sala. **suspiros again**. por mais que fosse tendência se apaixonar pelo alexandre, meu coração de 7/8 anos já tinha dono.
depois de uns dois dias de aula, descobri que o alexandre morava na minha rua. tipo, pffffff prá isso. mas as meninas quase tiveram um colapso:
(amiga) - fabiiiiii, você mora na rua do alexandre!!!!
(eu) - sim, moro...
(amiga) - nossa, você é minha melhor amiga, sabia?? me convida prá ir fazer lição na sua casa? rs
(eu) - como melhor amiga??? qual seu nome mesmo???
engraçado que de repente às custas de alexandre, me tornei quase a garota mais popular do colégio, afinal, eu era a menina que morava na rua do alexandre, e isso de certa forma, dava mais moral e respeito à minha pessoa tão escurraçada até então, tadinha de mim. e só para lembrar, "morar na mesma rua", era algo totalmente erótico naquela época.
todas as meninas queriam fazer trabalho do colégio comigo, queriam tomar lanche comigo, (pagavam lanche prá mim, aliás), queriam brincar comigo de tarde. tudo isso em troca de informações da "vida vespertina" que o alexandre levava.
(amigas) - que horas que ele chega em casa?
(eu) - numsei
(amigas) - ele fica de uniforme o dia todo?
(eu) - numsei
(amigas) - ele joga bola na rua?
(eu) - numsei
(amigas) - te pago meio lanche
(eu) - domingo de tarde ele joga bola na rua
comassim, bial???? prá mim, que até então tinha vivido na escória, *drama*, estava estranhando totalmente essa atenção toda que estava sendo dispensada á minha pessoa.
e se minha popularidade estava em alta até então, imagina quando eu passei a voltar com ele do colégio... tá certo que o colégio era na rua de trás das nossas casas, mas quando se tratava de alexandre, qualquer informação, contato, proximidade era algo totalmente importante para aquelas meninas... e com aquela minha paixão pelo david **suspira** eu não entendia o que elas viam de tão extraordinário no alexandre...
só fui entender mais tarde...
(continua...)