3 de nov. de 2008

aquele do medo da minha mãe:

minha mãe diz que seu maior medo materno foi o dia que ela descobriu que eu tinha vermes. (eu tinha 3 anos, ok?). e por causa disso eu teria que tomar um vermífugo eficaz, e no prazo de X dias esse verme seria eliminado do meu organismo. enfim, entre o dia que eu tomei o remédio e o dia em que, digamos assim, este fez efeito, minha mãe emagreceu 40 kilos.
mas isso é mentira. o maior medo dela era que eu fosse em um parque de diversão e andasse naquele brinquedo de "bate-bate".


*tsc, alta periculosidade cadê?*


podia andar na montanha russa, no castelo dos horrores, na monga (kkk), fazer rapel, tirolesa, pular de bung jumping (mentira), mas no carrinho de bate-bate não.

e é claro que esse era o brinquedo que eu mais tinha vontade de andar.

(eu)

- quero ir nesse *apontava pro carrinho de bate-bate*

(mãe)

- esse não, esse é perigoso quebrar o pescoço com o tranco.

(eu)

- WHAT? comassim, quebrar o pescoço em um brinquedo?

(mãe)

- sim, se você for nesse brinquedo, você vai quebrar o pescoço e vai morrer.

(eu)

- a-hã, então tá. e aquelas crianças que estão saindo do brinquedo agora estão muito bem prá quem acabaram de quebrar os pescoços né?

(mãe)

- ou vai na centopéia ou vamos embora.

e prá piorar a situação, um primo meu que estava com a gente nesse parque foi no bate-bate. *drama*, eu lá na centopéia, tentando produzir alguma adrenalina (pffff), e ele lá, no bate-bate, fazendo manobras radicais, desviando rapidamente dos outros carrinhos, praticamente um racha da faria lima em pleno parquinho, velocidade máximaaaaaaaaaaaaa!!!! *screeech* *poft*, *crash*.

silêncio, o brinquedo pára, o resgate chega (mentira). e sai o meu primo do brinquedo com o, o, o, o pescoço quebrado??

não, of course.

com o dente quebrado. e aí, minha mãe me olha com aquela cara de - tá vendo, só??

e eu olho com aquela cara de idiota para ele, mais ou menos assim: "você acabou com a minha última chance de eu andar no brinquedos dos meus sonhos."

e só fui andar no bate-bate no fim do ano retrasado na praia, com quase trinta anos.

3 comentários:

Roberto disse...

fabi!

hilário! lembrei da época em que minha tia me levava para andar no bate-bate que ficava lá na praça da sé. primeiro a gente andava na centopéia (que eu gostava muito, ok? sem pré ou pós julgamentos, por favor). depois a gente ia no bate-bate.´depois ia dar milho para os pombos, era muita diversão. depois ia nadar dentro das fontes *mentira* até o dia que minha prima saiu com o nariz sangrando depois de uma pancada,*verdade*, que só parou depois dela se desidratar de tanto chorar.

hilária essa sua história!

zero disse...

olha, mas é uma belíssima história edificante de superação e perseverança, cuja moral é mais ou menos a seguinte: nunca é tarde para realizar sonhos! :-P

Unknown disse...

Ri pra c***!
Muy muy legal.